9 de janeiro de 2012

(Mais) Um texto para ser ignorado


3, 2, 1. Começou a temporada tenística com 3 ATPs, 2 Challengers, 1 Future na última semana. O suficiente para NÃO mudar as expectativas sobre o Australian Open e, principalmente, sobre o ano dos jogadores que já entraram em quadra. Então este post acaba aqui.

Se alguém insistir, tem mais algumas linhas abaixo. Mas o mês de recesso acaba dando vontade de escrever. Opiniões que já devem estar em alguns dos 14.280.570 blogs sobre o assunto. Em português, acesso uns 5 com frequência. Ocasionalmente, o número não deve passar de 15. Se alguma opinião já tiver sido expressa por alguém, se esse alguém por acaso estiver lendo este post e, se achar que se trata de plágio, pode tomar as medidas legais.Em caso de processo, pelo menos vou saber como a turma do Coldplay se sente a cada single lançado.

ATP 250 de Doha
Tsonga em Doha: Sentado em berço de ouro
Federer e Nadal venceram 3 partidas (2 tranquilas e 1 no 3º set – só um pouco menos tranquila) até serem surpreendidos na semifinal, formada pelos 4 principais cabeças-de-chave. O primeiro por uma lesão que gerou um WO e o segundo por uma boa atuação de Monfils. Soa estranho falar em surpresa em jogo entre dois top 20, ainda mais em começo de temporada. Mas, se o retrospecto era de 8 a 1 e estavam nas CNFP (Condições Normais de Físico e Psicológico), pode ser uma surpresinha. Na final, 7/5 6/3 para Tsonga, o 8º título de ATP da carreira. Se uma única semana não muda significantemente, positiva ou negativamente, as expectativas de cada um, o resultado no ATP 250 serviu para Tsonga manter o embalo do segundo semestre de 2011, em que foi vice no ATP World Tour Finals, vice no Masters 1000 de Paris e semi de Montreal, quartas no US Open, campeão dos ATPs 250 de Metz e Viena. Cabeça 6 no Australian Open, o francês entrará na disputa como virtual número 5 do mundo (o que seria o melhor ranking de sua carreira), já que Ferrer defende pontos pela semifinal em 2011.

ATP 250 de Brisbane
Lendl e Murray: Agora vai!(?)
Duas viradas contra tenistas fora do top 50. Duas vitórias arrasadoras sobre top 50. O título número 22 com outra vitória convincente, 6/1 6/3. Tudo ao estilo Murray. Chances no Australian Open? Chances em qualquer Grand Slam? Chances de não terminar a temporada na 4ª posição pelo quinto ano seguido? Sobre o britânico, sim, tenho a prudência de parar por aqui. Menções honrosas ao vice de Dolgopolov e à semi de Simon. Nesta semana, o ucraniano ganha mais uma posição e vai a 13º, melhor marca. Isso porque o francês não vai defender o título de Sydney, caindo de 12º para 14º. Menção desonrosa a Melzer, cabeça 7, eliminado na estreia por Petzschner. O ex-top 10 segue em queda livre, não ganha duas partidas seguidas desde julho de 2011 e pode sair do top 40 pós-Australian Open.

ATP 250 de Chennai
Desde Wimbledon, uma das sensações de 2011 ficou três meses longe das quadras por lesão. Voltou a tempo de jogar 5 torneios e fez semi no ATP 250 de Estocolmo. A volta desejada aconteceu na Índia. Raonic, de 21 anos e 1,96m, fez do saque a principal arma – como é de se esperar. Não teve o serviço quebrado em 4 jogos (foram 4 break points salvos na estreia, 3 nas quartas de final, outros 3 na semi e mais quatro na final) e somou 76 aces, levantando o segundo troféu da carreira depois de 3h14 contra Tipsarevic, 6/7(4) 7/6(4) 7/6(4). E Chennai não merece mais que essas linhas.

Challengers
Se um jogo entre top 20 pode ser surpresinha, o 340º do mundo vencer um Challenger cedendo apenas um set, aí sim, pode ser surpresa. A segunda de Thiago Alves no Aberto de São Paulo, já que, em 2007, saiu do quali antes de vitórias sobre Feijão, Bruno Soares, Bellucci, Daniel e Berlocq. O 6º Challenger da carreira, aos 29 anos, dá motivação extra para que o rio-pretense recupere o tempo perdido com lesões, em 2011. O salto de 116 posições evita a necessidade de Futures e até qualifyings de Challengers na recuperação.

O outro Challenger da semana também serviu de recomeço para quem somou queda de 58 posições em 2011. Em Noumea, o 5º título de Chardy, que há um ano acumulou seis derrotas seguidas em ATP, o levou de volta ao top 100. E o Future de Shenzhen, na China... aconteceu.

Caixa de brita
Se tivesse escrito o post antes, não precisaria citar Bellucci, mas agora ele passou pela estreia do ATP 250 de Auckland contra Machado, 6/3 7/6(3). Começo de trabalho com técnico novo, Daniel Orsanic, menção no site da ATP (mais pela escassez de jogos do que pela importância da vitória). Nas oitavas, aguarda o eterno Olivier Rochus ou o qualifier Tobias Kamke. Como minha preparação para o Australian Open está semelhante à do Djokovic, ainda não me envolvi muito com os torneios. Talvez o quali australiano vença o sono. Talvez não.

Depois da curva
Se Heineken ou Apia quiserem negociar, troco “ATP 250” pelos patrocinadores em um eventual post relacionado a Auckland e Sydney, respectivamente. Do contrário, divulgo só a ATP mesmo.

Próxima curva
Nem parece que Federer ficou um ano sem ganhar Grand Slam e Murray não ganha um desde que nasceu. Em dois dos principais sites de apostas, o menos cotado do top 4 para vencer o Australian Open é Nadal (sportingbet.com / bwin.com). Na sequência, a boa fase de Tsonga e Del Potro correndo por fora. Berdych, Ferrer, Raonic e Monfils completam o top 10 nas apostas.