3, 2, 1.
Começou a temporada tenística com 3 ATPs, 2 Challengers, 1 Future na última
semana. O suficiente para NÃO mudar as expectativas sobre o Australian Open e,
principalmente, sobre o ano dos jogadores que já entraram em quadra. Então este
post acaba aqui.
Se alguém
insistir, tem mais algumas linhas abaixo. Mas o mês de recesso acaba dando
vontade de escrever. Opiniões que já devem estar em alguns dos 14.280.570 blogs
sobre o assunto. Em português, acesso uns 5 com frequência. Ocasionalmente, o
número não deve passar de 15. Se alguma opinião já tiver sido expressa por
alguém, se esse alguém por acaso estiver lendo este post e, se achar que se
trata de plágio, pode tomar as medidas legais.Em caso de processo, pelo menos
vou saber como a turma do Coldplay se sente a cada single lançado.
ATP 250 de Doha
Tsonga em Doha: Sentado em berço de ouro |
Federer e
Nadal venceram 3 partidas (2 tranquilas e 1 no 3º set – só um pouco menos
tranquila) até serem surpreendidos na semifinal, formada pelos 4 principais
cabeças-de-chave. O primeiro por uma lesão que gerou um WO e o segundo por uma
boa atuação de Monfils. Soa estranho falar em surpresa em jogo entre dois top
20, ainda mais em começo de temporada. Mas, se o retrospecto era de 8 a 1 e
estavam nas CNFP (Condições Normais de Físico e Psicológico), pode ser uma surpresinha. Na final, 7/5 6/3 para
Tsonga, o 8º título de ATP da carreira. Se uma única semana não muda
significantemente, positiva ou negativamente, as expectativas de cada um, o
resultado no ATP 250 serviu para Tsonga manter o embalo do segundo semestre de
2011, em que foi vice no ATP World Tour Finals, vice no Masters 1000 de Paris e
semi de Montreal, quartas no US Open, campeão dos ATPs 250 de Metz e Viena.
Cabeça 6 no Australian Open, o francês entrará na disputa como virtual número 5
do mundo (o que seria o melhor ranking de sua carreira), já que Ferrer defende
pontos pela semifinal em 2011.
ATP 250 de Brisbane
Lendl e Murray: Agora vai!(?) |
Duas viradas
contra tenistas fora do top 50. Duas vitórias arrasadoras sobre top 50. O
título número 22 com outra vitória convincente, 6/1 6/3. Tudo ao estilo Murray.
Chances no Australian Open? Chances em qualquer Grand Slam? Chances de não
terminar a temporada na 4ª posição pelo quinto ano seguido? Sobre o britânico,
sim, tenho a prudência de parar por aqui. Menções honrosas ao vice de
Dolgopolov e à semi de Simon. Nesta semana, o ucraniano ganha mais uma posição
e vai a 13º, melhor marca. Isso porque o francês não vai defender o título de
Sydney, caindo de 12º para 14º. Menção desonrosa a Melzer, cabeça 7, eliminado
na estreia por Petzschner. O ex-top 10 segue em queda livre, não ganha duas
partidas seguidas desde julho de 2011 e pode sair do top 40 pós-Australian
Open.
ATP 250 de Chennai
Desde
Wimbledon, uma das sensações de 2011 ficou três meses longe das quadras por
lesão. Voltou a tempo de jogar 5 torneios e fez semi no ATP 250 de Estocolmo. A
volta desejada aconteceu na Índia. Raonic, de 21 anos e 1,96m, fez do saque a
principal arma – como é de se esperar. Não teve o serviço quebrado em 4 jogos
(foram 4 break points salvos na estreia, 3 nas quartas de final, outros 3 na
semi e mais quatro na final) e somou 76 aces, levantando o segundo troféu da
carreira depois de 3h14 contra Tipsarevic, 6/7(4) 7/6(4) 7/6(4). E Chennai não
merece mais que essas linhas.
Challengers
Se um jogo
entre top 20 pode ser surpresinha, o 340º do mundo vencer um Challenger cedendo
apenas um set, aí sim, pode ser surpresa. A segunda de Thiago Alves no Aberto
de São Paulo, já que, em 2007, saiu do quali antes de vitórias sobre Feijão,
Bruno Soares, Bellucci, Daniel e Berlocq. O 6º Challenger da carreira, aos 29
anos, dá motivação extra para que o rio-pretense recupere o tempo perdido com
lesões, em 2011. O salto de 116 posições evita a necessidade de Futures e até
qualifyings de Challengers na recuperação.
O outro
Challenger da semana também serviu de recomeço para quem somou queda de 58
posições em 2011. Em Noumea, o 5º título de Chardy, que há um ano acumulou seis
derrotas seguidas em ATP, o levou de volta ao top 100. E o Future de Shenzhen,
na China... aconteceu.
Caixa de brita
Se tivesse
escrito o post antes, não precisaria citar Bellucci, mas agora ele passou pela
estreia do ATP 250 de Auckland contra Machado, 6/3 7/6(3). Começo de trabalho
com técnico novo, Daniel Orsanic, menção no site da ATP (mais pela escassez de jogos do que pela importância da vitória). Nas oitavas,
aguarda o eterno Olivier Rochus ou o qualifier Tobias Kamke. Como minha
preparação para o Australian Open está semelhante à do Djokovic, ainda não me
envolvi muito com os torneios. Talvez o quali australiano vença o sono. Talvez
não.
Depois da curva
Se Heineken ou
Apia quiserem negociar, troco “ATP 250” pelos patrocinadores em um eventual
post relacionado a Auckland e Sydney, respectivamente. Do contrário, divulgo só
a ATP mesmo.
Próxima curva
Nem parece que
Federer ficou um ano sem ganhar Grand Slam e Murray não ganha um desde que
nasceu. Em dois dos principais sites de apostas, o menos cotado do top 4 para
vencer o Australian Open é Nadal (sportingbet.com / bwin.com).
Na sequência, a boa fase de Tsonga e Del Potro correndo por fora. Berdych,
Ferrer, Raonic e Monfils completam o top 10 nas apostas.