Enquanto Benneteau e Nieminen fazem a final de um ATP
250, é hora de esquecer Sydney e Auckland e começar uns chutes no Grand Slam
que já teve Schuettler, Baghdatis e Gonzalez como finalistas. E Johansson
campeão. Tarefa das mais fáceis. Isso pra ficar só nas últimas 10 edições. E nada contra os quatro
ex-top 10, a estatúpida serve (se estatúpida servir pra algo), pra mostrar que tem
coisas que só acontecem no 1603M, Melbourne VIC 3001, o famoso código postal de algum lugar da cidade.
Afinal, cada um só fez uma final de GS – na Austrália, claro – e, em Masters
1000, o sueco foi o único a conquistar um título. E nada contra os Masters 1000
também.
O Australian Open
marca o começo da defesa dos infinitos pontos de Djokovic no primeiro semestre.
Como Nadal tem infinitos vices em Masters 1000, não é tão fácil diminuir a
diferença. Melbourne tem alguns pontinhos em jogo, já que parou nas quartas em
2011. Assim, acredito que só vai ter briga pela liderança – nas CNFP – em
Wimbledon. Como eu sou o dono do blog, isso
é assunto para outro post.
Djokovic e Tsonga treinando na sexta-feira, 13 |
O sorteio deu
Murray para Djokovic na semifinal.
Antes disso, a tendência é de três treinos nas primeiras rodadas, talvez alguma
emoção nas oitavas contra Raonic ou Roddick, e quartas contra Ferrer, Tipsarevic
ou Gasquet A primeira rodada desse quadrante me parece meio sem graça, exceto
por Roddick X Haase. O único duelo entre eles foi justamente no AO-2011, na 3ª rodada,
e o jogo teve shot of the day, pontos como este e até uma tentativa de homicídio. E tudo sem provocações fora do normal, Roddick
só parecia estar naqueles dias, ainda mais depois de perder o 1º set para um
desconhecido dos mortais. Aí fica sempre mais legal ver seus jogos.
Murray parece que será acompanhado por mais
loucos em seu caminho. Logo na estreia, Harrison. Depois, pode ter a
experiência de Malisse e, na 3ª rodada, Bogomolov, Gulbis ou Llodra. Parece
mais divertido. Seguindo a chave, as oitavas podem ter Mello X Feijão e o
vencedor pega Bellucci nas quartas. Aham... Bellucci e Sela é um jogo em que os
comentários – e as lembranças – precisam ser evitados. Pelo menos por quem
torce para o brasileiro. Ou por aqueles que dão a última chance de ver se ele é
o novo Guga a cada começo de jogo e no terceiro game resolvem torcer contra. “Cada
um, cada um”, dizia o filósofo Chorão. Em teoria, Murray tem Monfils ou Troicki
nas oitavas, depois Tsonga ou Simon nas quartas. A estreia do britânico parece
ser merecedora de um tempo sem dormir. A primeira rodada de Tsonga, contra
Istomin, também pode ser interessante. Ou não. A co-produção russo-uzbeque
nunca teve resultados expressivos em GS e fez um 2011 pra esquecer. Mas começou
o ano com quartas em Brisbane e semi em Sydney, depois de 3 jogos no qualifying.
Vitória expressiva, talvez só contra Gasquet. Mas, para quem ficou um ano
inteiro sem vencer 3 seguidas em ATPs e até voltou aos Challengers, essas duas
semanas não podem ter feito mal à cabeça... Enfim, o clássico jogo que pode ser
3 a 0 rápido ou um 5º set tenso. E todos podem. Mas a frase faz parecer que eu
disse algo importante onde não escrevi nada relevante.
Federer treinando na sexta-feira, 13 |
O quadrante de Federer poderia começar nas oitavas. As
três primeiras rodadas parecem apenas testes para as costas, para sentir a
bola, o calor, a quadra com teto fechado, a quadra sem teto, o dia (será?), a
noite, etc. Depois, a tendência parece ser Dolgopolov, Verdasco ou Tomic e, nas
quartas, Fish, Del Potro ou Kohlschreiber. Qualquer um que não seja o
argentino, chuto que não vai ter muita graça. Claro, nas CNFP. Verdasco X Tomic
e, um pouco menos, Monaco X Kohlschereiber parecem ser os mais interessantes da
1ª rodada. Principalmente pelo alemão-australiano entrar em um Grand Slam, em
casa, pela primeira vez com os holofotes mais fortes que os voltados para
Hewitt. Pode iluminar o caminho ou cegar.
Nadal treinando em qualquer dia |
Fechando, o
pedaço da chave que não é terra de ninguém. Sete qualifiers. Nadal pode ter três nas primeiras
rodadas. Isner, Lopez, Davydenko ou Nalbandian nas oitavas não parecem capazes
de incomodar em Melbourne. Nas quartas, talvez Berdych, Almagro, Wawrinka ou
Baghdatis deixem um pouco interessante. Ou talvez só Federer na semifinal...
Com tanto qualifier, o quadrante parece não ter nada imperdível na 1ª rodada. Os
pauteiros ficam na torcida para o gaúcho Ghem vingar o gaúcho Daniel na estreia
contra Nadal.
Se eu fosse
louco, palpitava no feminino, com Kvitova X Azarenka na final. Como não sou,
vou na segurança de colocar Hercog X Cadantu na decisão, sem zebras. Já citado
pelo Saque e voleio, também conhecido como Alexandre
Cossenza, Kirilenko X Gajdosova e Sharapova X Dulko na 1ª rodada prometem.
Uma foto qualquer da Sharapova... |
... porque se UOL, G1, Terra e outros fazem e dá views, devem estar certos |