29 de novembro de 2012

Estranhos no ninho, peixes fora d'água e outras frases feitas em competições esportivas


Não é novidade pra ninguém que assistir a uma competição esportiva in loco gera situações e experiências muito diferentes de acompanhar pela TV. Emoção, decepção, maior proximidade do campo/quadra/piscina/etc, olhar para aquilo que a transmissão não mostra, entre outras coisas. Mas um aspecto no mínimo interessante se passa pelas conversas entre as “pessoas presentes”.

(Pessoa presente: aquele ou aquela que está em uma “praça esportiva” contra a vontade. Ex: namorada que vai para acompanhar o namorado, filho que vai para acompanhar o pai – geralmente hiperativo, às vezes se cansa mais correndo na arquibancada do que os próprios jogadores –, pai que vai para acompanhar o filho – e dorme na arquibancada –, convidado que vai porque foi convidado).

Neste último pacote, lembro a final de duplas do Brasil Open-2011. Marcelo Melo / Bruno Soares X Pablo Andujar / Daniel Gimeno-Traver. Área reservada aos convidados na Costa do Sauípe. Tie-break do primeiro set. Ouço de uma voz feminina: “Quem são os brasileiros?”. Já tinham sido jogados 12 games! As prioridades ali, obviamente, eram outras. Como são na grande maioria das áreas VIP de qualquer esporte, não apenas o tênis. Faz parte.

O dia no ginásio do Ibirapuera na última terça-feira gerou infinitas situações sobre um tipo peculiar nos eventos: o segurança. Nenhuma delas aconteceu comigo, mas ouvi algumas conversas e SE diverti. Outras pessoas se irritaram, tenho certeza. Reproduzo algumas situações.

Situação 1
Espectador, sentado a 2 m do portão de acesso à arquibancada, atende o celular no meio de um ponto e, naturalmente, se levanta para dar dois passos e sair discretamente.
Segurança: Tem que ficar sentado.
Espectador não entende direito, conversa um pouco com o segurança até finalmente se sentar.
- Poderia ter atrapalhado mais os jogadores do que se o segurança permitisse sua saída.

Situação 2
Funcionário da organização, credenciado, subiu os degraus da arquibancada tranquilamente, no meio de um ponto, enquanto o árbitro Carlos Bernardes olhava para ele com cara de poucos amigos. Quando chega ao final da arquibancada, segurança diz que não pode sair. Fica sentado 1 minuto e segurança abre o portão no 3/3.
- O cara estava credenciado, já tinha atrapalhado um ponto inteiro e não pôde sair. Abrir os portões na soma par é algo que precisaria de uma opinião da arbitragem, que sempre se mostra orgulhosa e satisfeita com os seguranças quando isso acontece.

Situação 3
4/3 no primeiro set entre Victor Hanescu e Aljaz Bedene. Segurança barra público que queria sair e diz que só pode deixar quando acabar o set.
- Barrar quando alguém quer SAIR é uma questão que exige muito mais bom senso do que regra. Nem acho que os seguranças são mal orientados. Acredito que nem são orientados. Estão ali a trabalho, em um ambiente que não lhes é familiar. Como um norte-americano no saibro. Alguém deveria ser responsável por instruí-los. Mas, no Brasil, acho que seria pedir muito. A qualquer segurança, em qualquer evento esportivo.


Situação 4
Hanescu fecha tie-break e muita gente se levanta. Como uma massa quer sair, segurança abre o portão e fala com outro segurança: Acho que acabou, né?
- ... ... ...

Situação 5
Ainda no mesmo jogo, 2/2 no 2º set. Espectador tenta entrar.
Segurança: Só pode quando acabar o set
- Terça-feira, por volta de 16h. Acredito que TODO o público que está no ginásio para ver Hanescu X Bedene gosta / acompanha tênis e entende as regras básicas do esporte. Imagino o que a pessoa em questão pensou ao ouvir, no 2/2, que só poderia entrar quando acabasse o set.

Situação 6
Mesmo jogo, 5/5 no 2º set. Espectador se levanta bem, beeem longe do portão e sobe degraus sem pressa.
Segurança, já impaciente: Senta lá, senta lá!
Ele se senta. Game demora e ele diz que precisa sair.
Segurança: Não pode levantar. Só quando acabar o set.
Dois pontos depois, Bedene faz 6/5.
Segurança: Agora pode.
- Se ainda restava dúvida, está certo que houve um pequeno mal entendido a respeito de termos que representam o fim de uma “subdivisão” da partida de tênis.

Situação 7
Fim do dia. Troca de lado quando Thomaz Bellucci tinha 6/4 5/6 contra Guido Pella.
Segurança 1 sobe os degraus e pergunta: Quem tá ganhando essa bagaça aí?
Segurança 2: O argentino.
Segurança 1: Que isso, rapaz!?
- Quando a bagaça foi pro saco no terceiro set, alguns presentes devem ter se perguntado a mesma coisa.

Depois da curva
Situação extra, desta vez envolvendo os famosos “ambulantes”. Aquecimento de Gastão Elias X Paolo Lorenzi.
Vendedor de sorvetes diz para o vendedor de crepe (que, diga-se, praticava um assalto voluntário a alguns presentes por módicos R$ 7): Pode andar (pela arquibancada), não começou. É só treino.

28 de novembro de 2012

Vim, vi e consegui voltar

Foi uma noite belutesca. Os famosos altos e baixos que dão as caras desde que Thomaz Bellucci disputa os principais torneios da ATP puderam ser vistos de perto. Pior que estejam tão presentes nas últimas – e raras – atuações frente ao público brasileiro – ATP Challenger Tour Finals de 2011, Brasil Open e agora o Challenger Finals da temporada atual. Ou pré-temporada...


Um atendimento depois de 3 games para re-remendar a mão esquerda. Um primeiro set de trocas de bola do fundo de quadra e o argentino Guido Pella, também canhoto, aceitando encarar as cruzadas de forehand com o número 1 brasileiro. No backhand ficava claro que o classificado sem convite não conseguia empurrar Bellucci para o fundo ou deslocá-lo suficientemente para as laterais. 1 set a 0.

Uma quebra no game inicial do 2º set. E aí começou. Pella devolve a quebra imediatamente e tem break point para abrir 3/1. A postura e a movimentação de Bellucci são diferentes das do início do jogo. E as emoções dos presentes também. Se no primeiro set pontos bonitos vencidos por Pella eram recebidos com slow claps entre duas ou três pessoas espalhadas pelo Ginásio do Ibirapuera, agora a torcida passou a ser público, se esqueceu de que “ganhar de argentino é melhor” e aplaudem o que precisa ser aplaudido. Não que torçam contra Bellucci. Os pontos e momentos delicados para o brasileiro têm volume – e gritos – muito maior. Talvez porque tenham sido muitos momentos delicados.

No tie-break, Pella erra um voleio curto que dificilmente Bellucci chegaria na bola, o que o deixaria com vantagem de 4/1. Público inflamado, já que o brasileiro devolveu o mini break. A torcida estava lá. No ponto seguinte, um erro não forçado de forehand do brasileiro para fora – de onde eu estava, bem fora. Uma leve reclamação de Bellucci com o árbitro e tímidas vaias dão as caras. Para a escolha da jogada em um ponto importante? Para o erro? Para a reclamação? Por que acharam que a bola foi dentro? Não descobri. Mas os longos aplausos voltam dois pontos depois, em um ponto... do argentino! Um grande voleio para abrir 6/3 no tie-break e, depois, aproveitar o terceiro set point. Nesse momento, muita gente deixa o Ibirapuera, ao que retornarei linhas abaixo (vídeo aqui).

Com o público desfalcado, Bellucci abre 3/0 e parece recolocar a vitória certa em curso. No sétimo game, três break points para abrir 5/1(!). Não aproveitados. Pella confirma, quebra e confirma para empatar o set decisivo por 4/4. Bellucci no saque com 40/15 antes de um longo e dramático nono game. Na sequência, Pella volta a igualar o set após um slice angustiante do brasileiro. Reflexo, não só de como estava o físico ou o psicológico do convidado, mas do que virou o jogo. E o 5/5 veio para coroar, com Bellucci sacando em 15/40 antes de enfrentar infinitos break points. O primeiro salvo com pancadas de forehand e backhand no fundo e no meio da quadra. O segundo com um bom saque. Outro com um saque aberto + backhand cruzado. Outro com uma paralela de backhand que nem ele acreditou. Até que, em uma curtinha nem tão curta seguida de um lob nem tão lob, o serviço é quebrado. Pella saca para o jogo, fecha depois de 2h53min. Bellucci sai, sem o esperado (ou programado?) discurso com o microfone no meio da quadra para agradecer quem ficou até minutos para 01h00 no Ibirapuera se angustiando em sua companhia.


Depois da curva
“Não é fácil ir dormir às três da manhã para jogar no dia seguinte de novo”, disse Bellucci após a derrota. Não deve ser mesmo. E como diz o poeta, não tá fácil pra ninguém.

No mesmo dia em que começou o ATP Challenger Tour Finals, teve início na cidade de São Paulo a segunda fase da Liga Sul-americana de Clubes de basquete. Três dias seguidos com rodada dupla em um quadrangular com três das cinco melhores equipes do Brasil – Brasília, Flamengo e Pinheiros – e um time venezuelano. Os jogos, a serem realizados na sede do clube paulista, foram marcados para 20h e 22h10(!!). Na expectativa de que o jogo de Bellucci, marcado para 21h, pudesse começar sem atrasos e, com o esperado 2 sets a 0, acabar antes de meia-noite, troquei o basquete, que não tinha chance de acabar antes de 00h, pelo tênis. Hoje e amanhã trocarei os dois pela televisão.

Por acaso, durante o jogo que precedia a estreia de Bellucci, Sheila Vieira, Felipe Priante, que neste ano compareceram ao ATP World Tour Finals e aos Jogos Olímpicos, respectivamente, e eu conversávamos sobre um dos motivos que afasta o público de eventos no Brasil: a famosa acessibilidade. A certeza de não apenas chegar ao local de um jogo, show, etc, mas também de conseguir voltar para casa dependendo de transporte público.

Sim, a duração de uma partida de tênis é imprevisível, etc, etc, etc. Um ponto não é problema dos eventos. Esses eventos acontecem e deixam de acontecer. O transporte segue o jogo na cidade durante os demais 364 dias do ano. O primeiro jogo do dia, entre Victor Hanescu e Aljaz Bedene, teve apenas dois sets e durou 2h17min. Tivesse terceiro set ou outro jogo também durasse isso... Uma prorrogação na rodada dupla de basquete, ou apenas um jogo decidido no final, com infinitos tempos técnicos dos dois lados, atrasaria tudo.

Que não se faça drama com um #classemédiasofre. O drama aconteceu em quadra. Fora dela, ficam as opções e escolhas. A de não ir. A de sair antes do final. A de ficar até o final e assumir riscos.

Então volto ao vídeo lá de cima, no momento em que Pella fechou o tie-break do segundo set: 23h40. A debandada do público passa por algumas explicações. Desânimo / frustração com a queda de rendimento de Bellucci. Trabalho cedo no dia seguinte. Residência longe – mesmo de carro ou táxi pode ser um problema. Dependência do transporte público. RÁ! No 4/4 do terceiro set, fiz as fotos abaixo dos locais do Ibirapuera que tinham mais público, que era muito menor do que na partida anterior, marcada para 19h, entre Adrian Ungur e Ruben Ramirez-Hidalgo.



Passada a teoria, vamos à prática. Assumi o risco. Deixei o Ibirapuera 00h47, para um destino perto. Menos de 6 km segundo o Google Maps. Não há estação de metrô perto do ginásio e mesmo se houvesse, não estaria mais funcionando pelo avançar da hora. Andar todo o caminho não parecia uma escolha prudente. Um ônibus e 1h esperando outro... Resolvi passear a pé por quase 2 km pelo cartão postal paulistano (tirando as pessoas que te pedem dinheiro e as que te obrigam a dar dinheiro, uma caminhada na madrugada de SP pode ser agradável. O problema é que na madrugada de SP só está acordado e andando quem vai pedir dinheiro ou te obrigar a dar dinheiro). Enfim, outro ônibus. Cheguei em casa 02h47. Acho que tive sorte. As madrugadas de São Paulo têm sido muito mais dramáticas para outro tanto de família nas últimas semanas. Concordo com Bellucci.

Créditos das fotos não-tiradas com uma mísera câmera digital 12.1 megapixels: Wander Roberto/inovafoto.

2 de novembro de 2012

O que o ranking (não) explica nos ATPs 500 de 2012 + o último Masters 1000 do ano


Aos moldes das estatúpidas dos rankings e os ATPs 250 de 2012, que fiz na última semana, demorei com as dos ATPs 500 e não tem nada muito relevante (os 250 também não tinham...). Então junto umas ideias do Masters 1000 de Paris. Segue a tabela, pequena, mais uma vez, tirem as próprias (in)conclusões.


Evitando as distorções óbvias
- Em Acapulco, Ferrer pegou um convidado que era 563º do mundo na estreia, aí a média dos tenistas que ele precisou derrotar ficou astronômica. Os outros quatro derrotados foram 54, 50, 80 e 27, respectivamente.

- Os dois torneios com last direct acceptance mais baixos são facilmente explicados. Barcelona tem a chave maior e Washington caiu na semana dos Jogos Olímpicos. Depois vem Dubai (com 8 top 10 de seeds!) e Hamburgo.

- Memphis teve os inscritos com rankings baixos. Ao mesmo tempo, Melzer precisou bater cinco top 60, três deles cabeças, para ser campeão.

- Diferentemente dos ATPs 250, que têm muitos “entráveis” no segundo semestre, os 500 que fecharam com melhores rankings foram os quatro últimos, no top 70. Curiosamente, quatro torneios que dividem as semanas em que acontecem: Pequim / Tóquio e Valência / Basileia.

- Como as primeiras rodadas de qualquer torneio reservam aos seeds (prováveis campeões) tenistas com rankings baixos, a média dos derrotados no caminho para o título não tem diferença significativa entre os ATPs 250 e os 500. Nos cinco torneios que tiveram o número mais baixo na última coluna da direita, três são ATPs 250 (Halle, Marselha e Winston Salem) e dois 500 (Dubai e Basileia). Para não perder o costume: no ano que vem? Nunca se sabe.

O último Masters 1000
Antes da disputa, o diretor do Masters 1000 de Paris já havia mostrado interesse em mudar a data do torneio, jogando-o para fevereiro. A proximidade com o ATP Finals e os tops capengando é preocupante para qualquer diretor de um grande evento. No fim de temporada isso é acentuado. E a sucessão de acontecimentos “inesperados” em 2012 dá mais força para uma possível mudança de data.

Rafael Nadal não joga desde junho. Situação anormal. Ainda assim, disputou o torneio apenas 3 vezes na carreira (2007-08-09). Roger Federer, atual campeão, desencanou do ranking, alegou “questões pessoais” e deve voltar com força para o ATP Finals. Confesso que também ficaria mais animado com a possibilidade de um sétimo (!!) título no torneio que reúne os 8 melhores da temporada. Além disso – não que Federer precise – ganhar 5 jogos em Londres dá quase três vezes mais premiação em dólares (1,76 mi vs 620 mil) do que em Paris.


Novak Djokovic se esquivou de justificar a derrota devido a preocupações com a saúde do pai. Não perdia em uma estreia há dois anos e meio. Apesar dos méritos do saque de Sam Querrey, um jogador com a experiência do sérvio, que tinha perdido um set e ganhado 10 nos 4 confrontos diretos com o americano, levar uma virada depois de ganhar os primeiros 8 games.... Situação anormal. Andy Murray sofreu contra um “sacador”, perdeu match point no segundo set e quis ir pra casa no terceiro. Situação normal.

Mas a mudança no calendário está longe de ser fácil. Além de patrocínio, $, tentativa de encurtar a temporada, etc, envolveria mudanças em outros torneios. Em fevereiro, seria o primeiro Masters da temporada. Um Masters na Europa, nesta data, não só enfraqueceria (ainda mais) a gira latino-americana de saibro, mas até os torneios em quadra dura dos EUA pré-Indian Wells-Miami. São muitos fatores a considerar, ainda não dá pra imaginar essa mudança.

Fato é que o Masters 1000 de Paris é como o Australian Open: em suas categorias, são os torneios mais “zebráveis” do circuito. Um no começo e outro no final da temporada. Um pode sofrer com a falta de ritmo e outro com o excesso de cansaço dos jogadores para ver os tops caírem antes das rodadas finais. Um título de Thomas Johanssson, as únicas finais de Marcos Baghdatis, Fernando Gonzalez e Jo-Wilfried Tsonga (então 38º do mundo), para citar alguns exemplos da Austrália. Os outros Grand Slams, nos últimos 10, 15 anos, não tiveram tantos finalistas ou campeões inesperados. Não acredito que seja coincidência.

E o Masters 1000 de Paris? É o único que Tsonga, um nome de respeito, fez final. Duas, com um título e um vice. Mesmo com duas finais de GS, Robin Soderling só tem uma em M-1000, e ganhou, em Paris-10. Voltando mais de uma década, dá pra lembrar o título de Sebastian Grosjean, seu único de Masters 1000. Uma arrancada que o colocou na Masters Cup (atual ATP Finals) duas semanas depois.


Estatúpidas
- O último Masters 1000 sem Federer, Nadal, Djokovic ou Murray entre os semifinalistas foi justamente em... Paris! Em 2008. E os 4 estavam na chave, os 4 principais cabeças. Federer deu WO nas quartas contra Blake; Nadal desistiu nas quartas contra Davydenko depois de tomar 6/1; Djokovic caiu antes, em três sets para Tsonga nas oitavas; Murray perdeu para Nalbandian nas quartas. Ainda assim, a semifinal teve 4 cabeças: Davydenko (6) X Nalbandian (8) e Blake (11) X Tsonga (13), com Tsonga sendo campeão sobre o argentino.

- O último Masters 1000 sem Federer, Nadal, Djokovic ou Murray entre os quadrifinalistas foi justamente em... Paris! Em 2006. Federer (1) e Nadal (2) não deram as caras, Djokovic e Murray ainda eram 16 e 17 do mundo, respectivamente. Uma outra Era.

Depois da curva
Esse domínio do top 4 nos grandes torneios gera, positivamente, a já conhecida repercussão, espaço na mídia, etc. A WTA, oscilante, não teve tanta atratividade para a “mídia em geral” enquanto as líderes do rankings não se firmavam – por esse e outros motivos. Mas, negativamente, penso em um futuro próximo na ATP.

Em 2012, dois ex-líderes do ranking deram adeus às quadras. Cada um tinha conquistado um Grand Slam e mais de 15 títulos na carreira. O “espaço na mídia” não foi dos maiores para os dois. Atualmente, só há 4 tenistas que já alcançaram o topo do ranking em atividade (Federer, Nadal, Djokovic e Lleyton Hewitt). Dentro de alguns anos, nomes muito importantes para o tênis – ao menos na minha visão – vão anunciar a aposentadoria e a “mídia em geral” pode perguntar: quem é? Ganhou o que?

Ganhou muita coisa. Mas os Grand Slams (e os Masters 1000) ficaram restritos ao top 4 por quase uma década(!). No texto de despedida vão faltar aqueles “campeão (ou "só" vice) de Roland Garros em 20XX”, “dono de três troféus de Masters 1000”, “medalhista olímpico”, etc. Para mim, ao final da carreira, não chega a fazer muita diferença a “qualidade” dos títulos ou o ranking mais alto que alguém alcanço. Mas para “os outros”, isso é A notícia.