Não fosse pelo jogo da Venus Williams no final do dia e
Roland Garros só iria começar nesta segunda. Porque Roger Federer e Serena
Williams atropelarem, David Ferrer jogando pro gasto, Gilles Simon no sufoco e
a escassez de zebras nem são notícia. O caminho pré-definido para a semifinal segue...
A segunda-feira deve ser mais animada, com 56 jogos + a o 5º
set de Marcel Granollers X Feliciano Lopez. Até porque competir com Fórmula 1
em Monaco, 500 Milhas de Indianápolis, final da Copa Itália, última etapa do
Giro D’Itália e a decisiva primeira rodada do campeonato é difícil.
Segunda-feira, dia 2. O que não deixar de perder (por ordem
de quadra):
Rafael Nadal X Daniel
Brands – O alemão está invicto contra o heptacampeão. Estatúpidas a parte,
o atual 59º do mundo fez um bom “1º semestre”: Duas semifinais de ATP 250, uma
quartas de ATP 500, marcou a primeira vitória da carreira contra um top 10(?)
no começo do mês, contra Janko Tipsarevic, e contando qualifyings tem 28
vitórias no ano. Deve tirar uns 4 games e, com sorte e um saibro rápido,
ameaçar com o saque. Chances de zebra com mínima de 1 e máxima de 99.
Tomas Berdych X Gael
Monfils – O mais interessante da primeira rodada. Teoricamente. A fase do
tcheco + o francês chegando cansado pós-Bordeaux-Nice facilitam. O lado bom é
que não teremos Monfils se arrastando na segunda, terceira, quarta rodadas... Australian Open deixou saudades. Mínima de 15 e máxima de 80.
Jo-Wilfried Tsonga X
Aljaz Bedene – Interessante para ver como o francês chega ao Grand Slam,
contra um adversário que apesar da pouca experiência não é bobo (e ainda tem
bobo no tênis?). Mínima de 20 e máxima de 67.
Sergiy Stakhovsky X
Richard Gasquet – Gasquet em melhor de 5 sets sempre promete. Mas o
ucraniano está longe do que era há alguns poucos anos. Mínima de 10 e máxima de
85.
Carlos Berlocq X John
Isner – Cara de 5º set depois de alguns tie-breaks. A assombrosa temporada do
estadunidense no saibro europeu (1V e 4D – contra adversários fora do top 40)
somada à famosa “carne de pescoço” do argentino dão boa margem para a queda de
um cabeça de chave. Mas, como diz o filósofo, na prática a teoria é outra.
Mínima de 40 e máxima de 63.
Ernests Gulbis X
Rogério Dutra Silva – Jogo para, como os tenistas brasileiros adoram
responder em entrevistas, desfrutar. Curtir. Seja um jogo em Roland Garros, uma
porta aberta em algum momento ou o entretenimento que o letão sempre
proporciona em suas partidas. Mínima de 18 e máxima de 90.
Adrian Mannarino X
Pablo Cuevas – Direto da sessão “por onde anda?”. Ou “que fim levou?”?.
Michal Przysiezny X
Rhyne Williams – Já teve isso na terceira rodada do qualifying. E ninguém
ainda descobriu como falar o nome do polonês.
Radek Stepanek X Nick
Kyrgios – 16 anos de diferença de idade. E é tudo que dá pra falar do jogo.
Philipp Petzschner X
Marin Cilic e Igor Sijsling X Jurgen
Melzer – Jogos com potencial para serem decentes. E zebráveis.
Na reta
Lembrando: Chances de zebra (escala de 0 a 100)
Mínima: quanto eu
acho que pode acontecer.
Máxima: se acontecer, quanto, de fato, terá sido zebra. Para
mim.
Fotos: Site de Roland Garros.